Retoque na lataria do seu carro. Cuidado!

Micropintura não elimina riscos completamente, mas o serviço é rápido e mais em conta. Riscos e pequenas perfurações na superfície do carro são uma grande dor de cabeça para a maioria dos motoristas. E na hora de decidir como recuperar a pintura, sempre a surge aquela pergunta: qual é a melhor maneira de se fazer o retoque? Vale lembrar que deixar por muito tempo uma região da lataria desprotegida - sem pintura e verniz - pode acabar provocando o surgimento de ferrugem, pois a área afetada acaba ficando em contato constante com umidade (devido à chuva ou a lavagem do veículo). Muitos motoristas não sabem, mas existe no mercado dois serviços de recuperação de pequenos riscos ou perfurações na lataria: - O primeiro é a pintura convencional, em que toda a peça ou parte dela é repintada. Esse tipo de serviço possui várias etapas. Inicialmente, explica Marcos Vinícius Kovalski, proprietário da Oficina Kovalski, a lataria é lixada (para que a peça possa ter aderência a tinta) e depois repintada. Além disso, para que a nova tinta fique protegida da ação do tempo e fique uniforme em relação a pintura original, a superfície repintada também é envernizada e polida. Segundo Vinícius Kovalski, a grande vantagem da pintura convencional é o acabamento. A probabilidade de ocorrer diferenças na cor é pequena e, se houver, ela poderá ser corrida com um polimento, que nada mais é do que eliminar uma camada de pintura. Além disso, a pintura é recuperada completamente (não dá para perceber o retoque). Isso, é claro, se o serviço foi feito por um profissional capacitado. Uma desvantagem desta técnica é o tempo que o motorista fica sem o veículo: normalmente, no mínimo, dois dias. - Já a segunda alternativa de recuperação de riscos ou perfurações na pintura de um veículo é a micropintura, um serviço que é realizado com uma pequena pistola pneumática e que tem como público alvo os motoristas que estão com o orçamento apertado e que não podem deixar o carro por mais de um dia numa oficina de lataria e pintura. Jacinto de Oliveira, proprietário da Jassa Martelinho de Ouro, oficina que realiza tanto a pintura convencional como a micropintura, explica que a micropintura custa até 50% menos que um serviço convencional. Um exemplo é o custo para se recuperar os riscos em um pára-lamas traseiro de um Corsa hatch. Se fosse através da micropintura, sairia por R$ 30. Através da pintura convencional, custaria R$ 50. Mas não é qualquer tipo de retoque que pode ser feito através da micropintura. O serviço é indicado para atenuar riscos não muito profundos. Além disso, a micropintura não recupera 100% da região afetada. Ou seja, no máximo, 80% do risco irá desaparecer. Jacinto de Oliveira salienta ainda que micropintura não é indicada para carros com cores escuras, pois fica mais fácil perceber que o local foi arrumado. O serviço também não é recomendado para se eliminar riscos no capô. Isso porque a nova tinta poderá com o tempo se soltar devido à alta temperatura gerada pelo motor, que mantém essa parte do carro em constante dilatação.