Vícios de direção que danificam o automóvel

Você é daqueles motoristas que sempre respeita os prazos das revisões, mas mesmo assim, vive indo a oficinas mecânicas para trocar peças que se desgastaram antes do tempo? Se isto estiver ocorrendo, fique atento. Esses "probleminhas" podem ter como causas alguns vícios de direção, que acabam danificando componentes precocemente. Entre os maus hábitos que podem causar danos ao carro, o mais comum é o de "descansar" o pé no pedal da embreagem com o automóvel em movimento. De acordo com Beno Hoffmann, proprietário da Auto Mecânica João Hoffmann, esse tipo de vício desgasta várias peças do sistema, como platô, rolamento, disco, resultando em trepidações no conjunto e ruídos durante as trocas de marchas. Além disso, o pedal fica mais pesado. "O pé deve ficar ao lado do pedal e este, acionado somente durante as passagens de marcha", orienta ele. Outro vício muito comum é o de esterçar o volante com o carro parado. Aquele esforço todo para virar a direção só prejudica o sistema, pois desgasta a caixa de direção e seus terminais. Se o volante tiver direção hidráulica, ele não deve ser forçado até o batente (limite para esterçar), pois danifica bomba e mangueira. Antes de virar o volante, observa Beno Hoffmann, o condutor deve colocar o carro em movimento, mesmo que seja só um pouquinho. Quando perceber que o volante chegou no limite, a pessoa deve girar para o outro lado para completar a manobra. Mão no câmbio: Manter a mão sobre a alavanca de câmbio também é um mau hábito que poderá causar efeitos colaterais no carro. Segundo o proprietário da Auto Mecânica João Hoffmann, esse tipo de descuido pode causar desgaste de componentes internos da caixa de transmissão, como luvas de engate e garfos seletores. Como "seqüela", o dono do veículo pode ganhar uma indesejável folga no câmbio. Na realidade, quem conduz um carro deve se educar a manter as mãos no volante. Marcha ré: Beno Hoffmann lembra ainda que a marcha ré deve ser engatada com o carro parado (esse cuidado serve inclusive para a primeira marcha). Quem tem o mau hábito de engatar a ré sem parar completamente o veículo pode reduzir o tempo de vida das engrenagens da transmissão. Alguns sinais de que o sistema pode estar com os dias contados são um barulho estranho na caixa de câmbio e dificuldade em se engatar as marchas. O proprietário da Auto Mecânica João Hoffmann recomenda ainda que os motoristas nunca conduzam o automóvel de ré por longos percursos. Como a ré é uma marcha apenas para manobras, isso causa desgaste das engrenagens. Sair em segunda marcha é outro vício que precisa ser combatido. E mesmo no caso de carros mais potentes este mau hábito pode causar danos. O motivo, salienta Beno Hoffmann, é que sair em segunda força demais a embreagem, que pode ter sua vida útil reduzida em mais de 30%. Quem gosta de cantar os pneus não tem idéia do desgaste que pode estar provando no veículo. Além de desgastar precocemente os pneus, o tranco danifica juntas homocinéticas, transmissão e diferencial, pois a carga de força é muito grande para esses sistemas. Como conseqüência o carro pode ficar, inclusive, sem tração. Atenção: Mesmo parado, pode haver problemas Mas os problemas não ocorrem somente enquanto o motorista está dirigindo. Dar aquela última acelerada antes de desligar o motor, por exemplo, pode causar problemas ao carro, observa Jefferson Domingos da Silva, chefe de oficina da Berko Centro Automotivo. "Além de aumentar o consumo, isso deixa um pouco de combustível não queimado no catalisador e, com o tempo, o líquido corrói o interior do componente", justifica. Antes de sair com o automóvel, salienta ainda Silva, o motorista deve verificar se o freio de estacionamento (de mão) foi totalmente solto, pois mesmo sem indicação no painel, ele pode continuar acionado. As conseqüências deste tipo de descuido são: desgaste precoce das lonas e danos no sistema hidráulico (cilindro). Quem gosta de andar com o chaveiro do carro com excesso de chaves também precisa rever este hábito. O motivo, observa o chefe de oficina da Berko Centro Automotivo, é que peso demais desgasta o miolo do contato. Assim, ele perde o encaixe e a eficiência.

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